

Os fariseus perguntaram a Jesus: “É lícito ao marido repudiar a sua mulher por qualquer motivo?” (Mateus 19:3). Jesus entendeu que a razão pela qual eles faziam aquela pergunta não era para compreender como obedecer à lei de Moisés quanto ao divórcio. O que eles realmente pretendiam era se eximir de duas responsabilidades: a responsabilidade de fazer a escolha correta antes de se casar e a responsabilidade de custear a mulher repudiada caso decidissem se divorciar.
Jesus, então, inverteu a pergunta. Ao invés de responder “qual motivo enseja o divórcio”, ele fez os fariseus refletirem sobre “qual motivo enseja o casamento”. Antes de entrar em um relacionamento conjugal, a maioria das pessoas se questiona “quem é a pessoa certa para eu me casar?”, mas Jesus ensinou que deveríamos perguntar “qual o motivo certo para eu me casar?”.
Há aqueles que se casam por dinheiro e para ascender socialmente. Há aqueles que se casam para ter filhos. Há aqueles que se casam para não incorrerem em imoralidade sexual. Há aqueles que se casam porque acham que já passaram da idade para constituir família. Há aqueles que se casam por pressão dos familiares. Há aqueles que se casam por conveniência, seja porque já estão juntos há muito tempo ou porque é mais rentável dividir a mesma moradia. Há aqueles que se casam por constrangimento religioso.
Jesus explicou que só há um motivo correto aos olhos do Senhor para o casamento: “o que Deus ajuntou não o separe o homem”. Um relacionamento só se torna indestrutível quando é unido por Deus. Não pela Igreja ou pelo Estado, mas pelo próprio Deus.
Isso significa que, assim como Deus é o único que conhece o propósito que Ele tem para a vida de qualquer pessoa, Ele também é o único que sabe compatibilizar o propósito de duas pessoas e definir um propósito maior para o casal. Duas pessoas podem frequentar a mesma Igreja e ter uma personalidade semelhante, mas Deus pode ter um propósito distinto para cada uma delas. Nesse caso, o propósito individual de uma irá se chocar contra o propósito da outra até o ponto de desgastar o relacionamento e quebrar a conexão do casal.
O tipo de amor que une um relacionamento indestrutível não é o amor da paixão, mas sim, o amor ágape. Eclesiastes 4:12 diz que “o cordão de três dobras não se rebenta com facilidade”. Quando um relacionamento tem apenas dois lados, o do homem e o da mulher, ele está fragilizado. Quando o terceiro lado de um relacionamento são as emoções, ele também está fragilizado. Apenas quando o terceiro lado de um relacionamento é o Espírito de Deus é que ele se torna forte.
Foi por isso que Jesus disse que, perante o Pai, “já não são mais dois, porém uma só carne”. Quando Deus une o espírito do homem ao da mulher em um relacionamento, o Senhor passa a ver um único espírito: o Espírito Santo que unificou os propósitos do casal e os expandiu para constituir uma família bendita do Senhor!


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