

Em 3 João 2, o Ap. João deseja a Gaio prosperidade e saúde, assim como sua alma era próspera. Deus deseja que nosso corpo físico, mente e espírito sejam prósperos e, por isso, colocou em Sua Palavra diversos princípios que nos ensinam a andar à altura da vida abundante que Jesus nos deixou.
O problema é que o ensino da prosperidade foi sendo aos poucos deturpado na Igreja e tem enganado a muitos que se preocupam apenas com a prosperidade de seus bolsos e se esquecem de fazer florescer sua vida espiritual.
A primeira maneira de se identificar se está sendo pregada a abundância bíblica ou a prosperidade dos homens é avaliar o foco da pregação. Se o ensino está baseado tão-somente em conquistas materiais, é mais um método superficial de adquirir riquezas, sem um fundamento firme na Palavra.
Nosso alvo sempre deve ser nos tornarmos mais parecidos com Cristo e, por isso, devemos buscar crescer espiritualmente. A prosperidade é uma consequência de uma vida obediente, que segue os padrões de retidão e justiça da Bíblia. Como está escrito em Deuteronômio 28:2, se ouvirmos a voz do Senhor, as bênçãos nos alcançarão. Não somos nós que as buscamos. Buscamos a Deus e as bênçãos vêm até nós.
A doutrina da prosperidade está baseada em métodos, como “declare e acontecerá” e “o que você determinar, será feito”. Nossa fé não deve se basear em fórmulas. Deus nunca usou o mesmo método duas vezes em Seus milagres para que precisemos confiar nEle e não em doutrinas carnais.
Esses métodos deixam de dizer que a fé é ativada pela vontade de Deus. Jesus disse que faria tudo o que pedíssemos em Seu nome (João 14:13), mas, para declararmos o Nome de Jesus, precisamos estar em concordância com seu coração e seu querer. Quanto mais submetermos nossa vontade a Deus e orarmos de acordo com Seu querer, mais nossas orações serão respondidas. Deus não é gênio da lâmpada e o Nome de Jesus não é uma varinha mágica para nos dar tudo o que queremos. Ele disponibilizou Seu poder e Seu nome a nós, para que trouxéssemos à existência na terra Seus planos que estão nos céus.
Por último, podemos identificar a doutrina humana da prosperidade porque ela só trata de bênção e não de correção. Muitas vezes, deixamos de receber as bênçãos de Deus porque não nos mostramos maduros para suportá-las. Nenhum pai daria a uma criança de três anos uma Ferrari, por mais que ela pedisse e chorasse, porque isso poderia matá-la.
O Senhor precisa nos corrigir para que nossa perspectiva esteja sadia e não deturpemos a bênção do Senhor quando a recebermos. A Bíblia fala de situações em que o Senhor atendeu o clamor do povo apenas para mostrar a eles que o que eles queriam não era o melhor. Os israelitas pediram carne por desprezarem o maná divino e o Senhor enviou codornizes. Mal eles levaram o alimento à boca e começaram a passar mal (Números 11:31-34). Os israelitas precisavam de correção para lembrar que a comida dos egípcios vinha a um alto custo de servidão. Eles tinham que aprender a se satisfazerem em Deus antes de se satisfazerem na terra prometida que manava leite e mel. A correção não tira de nós o que desejamos; ela nos leva exatamente ao caminho que buscamos.
A prosperidade bíblica exalta o Abençoador e não as bênçãos. É de nosso relacionamento com Deus que extraímos toda boa dádiva e todo dom perfeito. Deus revela os segredos da prosperidade material a quem busca ter um espírito e uma alma prósperos, a fim de que a vida abundante que Ele tem a nos oferecer testemunhe Sua Presença em nosso viver.


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