

Por que não temos observado tantas manifestações do sobrenatural hoje como na Igreja primitiva? A Igreja dos Atos dos Apóstolos vivia o poder de Deus de forma cotidiana, mas conforme o temor do Senhor foi diminuindo, também foram os sinais, pois o temor é o fundamento onde eles se multiplicam (Atos 2:43).
Jesus disse que quem não vê sinais e prodígios tem dificuldade para crer (João 4:48). O perigo é que nem sempre os sinais são evidências do reino de Deus. Em Apocalipse 13:14 está escrito que a besta seduz os que habitam na terra por meio dos sinais que realiza. Portanto, se não soubermos diferenciar os sinais das trevas dos sinais de Deus, podemos acabar crendo em mentiras. Como, então, discerni-los?
Em Êxodo 7:11, lemos que os sábios do Egito fizeram com suas ciências ocultas os mesmos prodígios que Moisés e Arão. A primeira evidência de um sinal enganoso é que ele causa dureza de coração (Êxodo 7:13). Faraó viu o sinal da vara se transformando em serpente e, ao invés de considerar obedecer a Deus, ele viu o mesmo sinal dos encantadores do Egito e, por isso, não deu ouvidos ao alerta de Moisés e Arão.
A segunda evidência é que os sinais de Deus são maiores e mais poderosos do que os do maligno. Quando a vara de todos foi transformada em serpente, a vara de Arão devorou as outras (Êxodo 7:12), mostrando que a autoridade do Todo-Poderoso acaba com todo o poder das trevas.
Outra evidência é que os sinais mentirosos são de curta duração. Quando Deus lançou a praga das rãs, os magos conseguiram imitá-la com suas ciências ocultas, no entanto, Faraó precisou chamar Moisés e Arão para remover a praga (Êxodo 8:7-8). Os sinais malignos são parciais, só servindo para entreter e enganar; já os sinais de Deus servem a um propósito eterno que, naquela situação, era o quebrantamento do coração de Faraó, a salvação do povo do juízo divino e a libertação dos filhos de Deus para irem adorá-Lo.
Outra evidência é que os sinais enganosos vêm depois dos verdadeiros. Satanás é um imitador, enquanto Deus é Criador. Só Deus pode criar um sinal do nada, enquanto o diabo usa o que está disponível para fazê-lo. Todos os milagres dos magos egípcios vieram depois dos sinais apresentados por Moisés e Arão. Assim também será com o sinal da besta. Deus primeiro selou na fronte os servos de Deus (Apocalipse 7:3) e depois a besta colocou uma marca sobre a mão ou a fronte de seus adoradores (Apocalipse 13:16).
Por fim, os milagres das trevas são limitados. A partir da terceira praga, os magos já não conseguiram repetir os mesmos sinais de Moisés (Êxodo 8:18), pois só a autoridade de Deus é plena e ilimitada, enquanto o poder que Satanás usurpou de Adão é derivado e restrito.
Ainda há uma última coisa que diferencia os sinais das trevas dos sinais do Senhor. A partir da quarta praga, diz a Bíblia que, como um sinal, Deus poupou seu povo e separou a terra de Gosén do Egito, impedindo que Seus filhos recebessem o castigo junto com os ímpios (Êxodo 8:22-23). O mero fato de sermos poupados do mal que sobrevêm ao mundo é um sinal para os descrentes de que Deus nos preserva porque somos Seus filhos amados!


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